“A festa estava armada. O Gama parecia o adversário ideal para Romário, enfim, marcar seu milésimo gol. Porém, após os 90 minutos de jogo, além de não conseguir balançar a rede, o atacante viu o Vasco ser desclassificado da Copa do Brasil. Se a noite da última quarta-feira foi um desastre para os cariocas, o clube do Distrito Federal também não saiu 100% satisfeito. Apesar de precisar bater o Vasco, o Gama sonhava com o milésimo gol de Romário. Para os dirigentes do clube do Distrito Federal, ser o coadjuvante da marca histórica do atacante adversário serviria como um trampolim. “Eu acho que, se ganharmos, mas levarmos o milésimo gol do Romário, nossa marca será muito valorizada. Vamos ficar marcados como o clube que sofreu o gol mil e seremos lembrados por muito tempo”, afirmou Wagner Marques, superintendente do Gama, antes da partida contra o Vasco à Máquina do Esporte. “Com o gol mil do Romário, nós teremos uma exposição nacional e internacional. É como se fosse uma empresa e essa marca servisse como uma publicidade. Estou pedindo a Deus que as coisas aconteçam e que a gente leve o milésimo gol”, completou Marques. Os planos do clube eram de que essa valorização fosse usada principalmente para fechar novos acordos com patrocinadores, por valores mais altos que o usual. “Todo o conjunto fica valorizado, pois o clube se torna mais conhecido. Isso inclui os patrocínios que pretendemos fechar em breve”, disse o dirigente do Gama. Atualmente, o único patrocinador do Gama é o Banco de Brasília. O clube negocia para fechar com pelo menos mais duas empresas, que poderiam estampar as respectivas marcas na manga da camisa e no calção. Na partida de quarta-feira, contra o Vasco, a fabricante de cuecas Mash pagou para estampar sua marca nesses lugares. “Eu ainda não sei dimensionar os valores que podemos ter. Pretendemos fazer um estudo para dimensionar o tamanho da nossa marca, caso saia o milésimo gol, e aí discutirmos números com as empresas interessadas”, explicou Marques.