O Sport vai lançar, nesta sexta-feira, sua camisa comemorativa da participação na Copa Libertadores do ano que vem. Cercada de mistério, o novo desenho vai contar com mais elementos dourados, cor escolhida pelo departamento de marketing do clube para nortear a temporada especial. A iniciativa, no entanto, apenas complementa o processo de estruturação do setor na Ilha do Retiro, que passa, assumidamente, pela construção de uma base ?sulista? que não existia. A festa de lançamento do quarto uniforme, produzido pela Lotto, vai acontecer no teatro Beberibe, em Recife, acompanhada de mais outras duas novidades. O DVD do título da Copa do Brasil, prometido logo após a conquista do meio do ano, e a Sport Tur, a agência de turismo do clube pernambucano, também ilustrarão a cerimônia. Nenhuma das três iniciativas é novidade dentro do futebol brasileiro. O modelo alternativo de camisa é segundo do próprio clube, que conta com uma versão preta como terceira opção, mantida para 2009. A transformação de um troféu em filme e até o incremento da logística de transporte para torcedores mais fanáticos também já são costumeiras em diversos clubes das regiões Sudeste e Sul do Brasil. A falta de novidade, no entanto, é vista como diferencial pela diretoria de marketing do Sport. Partindo do pressuposto que a torcida rubro-negra pede as mesmas vantagens de suas rivais, os responsáveis pela área entendem que precisam igualar as condições com os clubes mais ricos do país para, depois, poderem inovar. ?Essas iniciativas que você citou também foram copiadas. São Paulo, Grêmio, Corinthians e os outros são copiadores de Barcelona e Real Madrid, por exemplo. Vocês que estão longe não têm a dimensão da realidade do clube aqui. Você ficaria espantado com o atraso em relação aos clubes do Sul, e isso só está mudando nessa nossa gestão?, disse Carlos Frederico, vice-presidente de marketing do Sport. No próximo ano, mais ?cópias? chegarão à Ilha do Retiro. Duas, em especial, estão em fase final de acabamento. Em 2009, o Sport pretende estreitar sua relação com a torcida por meio de um canal de comunicação por celular e um programa de benefícios para o sócio-torcedor, também explorados à exaustão em diversos estados brasileiros. ?Mesmo nessas condições a gente choca muita gente aqui dentro pelo ineditismo. Imagine quando a gente começar a criar alguma coisa. É preciso fazer essa base copiada para, depois disso, poder pensar em mudar alguma coisa?, concluiu.