O fundo de remuneração criado por Fifa e Uefa para beneficiar os clubes europeus que irão ceder seus jogadores às seleções nacionais já despertou a cobiça dos clubes brasileiros, segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo”. As duas entidades anunciaram na última segunda-feira uma verba de US$ 252 milhões (R$ 450 mi) que será dada a times com atletas nas Copas de 2010 e 2014, além das Eurocopas de 2008 e 2012. O assessor da presidência do S”o Paulo, João Paulo Jesus Lopes, disse que a globalização deve acelerar a chegada dessa iniciativa às equipes nacionais. Além disso, o dirigente disse ao diário paulista que o Clube dos 13 deve se mobilizar para agilizar esse processo. Corinthians e Santos também se manifestaram a favor do requerimento do dinheiro inicialmente destinado apenas aos europeus. A Fifa irá disponibilizar US$ 110 milhões (R$ 196 milhões) aos times com atletas nas Copas de 2010 e 2014. O restante será partilhado pela Uefa. O pacote faz parte do acordo firmado entre clubes e as duas entidades para formalizar a dissolução do G-14, grupo organizado dos grandes da Europa, anunciada na semana passada. Um dia após o anúncio, a reportagem da Máquina do Esporte entrou em contato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para falar sobre as possíveis conseqüências desse acordo no país. A entidade, no entanto, não quis se pronunciar sobre o assunto. “Não fomos notificados pela Fifa e, quando formos, nós nos pronunciaremos sobre o assunto. A CBF não reconhece o G-14, trata seus assuntos de federação para federação. Por isso, desconhecemos a dissolução do G-14”, disse Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF.