Excluído sumariamente do calendário da Fórmula 1 do próximo ano, o GP do Canadá negou as acusações da Formula One Management (FOM), empresa que comanda a categoria, de que estaria devendo a Bernie Ecclestone, homem-forte da entidade. Segundo os organizadores da prova de Montreal, o débito não seria tão grande como especulou a imprensa, e já teria sido negociado. ?Essa é uma diferença histórica na interpretação do contrato pelas duas partes. Nós estamos trabalhando duro para resolver os problemas que tivemos este ano e quitar nossas obrigações, enquanto Ecclestone, sem avisar, surpreende todo mundo retirando o GP do Canadá da Fórmula 1 em 2009?, disse Paul Wilson, vice-presidente de marketing da prova. A decisão pela saída de Montreal foi tomada há quase duas semanas pelo Conselho Esportivo da Federação Internacional de Automobiliso (FIA). Imediatamente, as equipes reagiram contra a medida, que tirou a América do Norte, mercado considerado importante pelas escuderias, do mapa da Fórmula 1. Segundo a imprensa européia, a dívida do GP do Canadá com Bernie Ecclestone estaria próxima dos US$ 20 milhões, o que seria a causa da quebra do contrato que ainda previa mais quatro corridas em Montreal, que recebe a Fórmula 1 desde 1987. ?É totalmente falsa essa sugestão de que nossa organização não pagou nos últimos três anos. É verdade que temos um desacordo financeiro, mas somente em relação a 2008?, concluiu Wilson. A chance de permanência na Fórmula 1 pode estar ligada à saída da França do calendário. De maneira surpreendente, a Federação Francesa de Automobilismo (FFSA) anunciou que está fora da Fórmula 1 em 2009 por motivos financeiros. Com a vaga disponível, o governo canadense trabalha em várias inst”ncias para evitar o desligamento definitivo com a maior categoria automobilística do mundo.