A crise deflagrada com as denúncias do Ministério Público Federal deve sacramentar o fim da parceria entre o Corinthians e o MSI. Essa é a opinião de Antônio Roque Citadini, presidente do Conselho de Orientação Fiscal do clube (CORI), ouvido nesta sexta-feira pela equipe de reportagem da Máquina do Esporte. “A mudança vai ser grande. O caso é mais amplo do que parece ser realmente. A única solução agora é encerrar de uma vez a parceria, porque a situação toda está muito confusa”, afirmou o ex-vice-presidente do clube. Para o dirigente, os prejuízos à história do Corinthians e para o setor financeiro do clube são incalculáveis. Citadini acredita que a repercussão internacional do caso poderá macular a imagem do time. “Além das questões financeiras, o Corinthians ficou mundialmente reconhecido como um clube que participa de negócios escusos”, disse. Na última quinta-feira, o juiz Fausto Martin Sanctis, da 6ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, recebeu a denúncia do MP contra oito pessoas envolvidas na relação entre a empresa e o Corinthians.Foi determinado o bloqueio dos recursos creditado nas contas correntes do clube. Além disso, o órgão federal denunciou o presidente Alberto Dualib, o vice-presidente, Nesi Curi, o empresário Renato Duprat, o ex-diretor do MSI, Paulo Angioni e o advogado do fundo de investimento, Alexandre Verri, por lavagem de dinheiro. O juiz decretou ainda a prisão do russo Boris Berezovsky, e dos iranianos Kia Joorabchian e Nojan Bedroud. A decisão determinou que a Interpol seja informada dos mandados e solicitou a prisão preventiva dos réus estrangeiros e a extradição deles para o Brasil.