O brasileiro Hélio Castroneves apresentou-se, de forma voluntária, à Justiça americana para prestar esclarecimentos. Ao lado da irmã, Katiucia, e do empresário, Alan Miller, o piloto da Fórmula Indy está sendo acusado de usar um empresa offshore no Panamá para sonegar impostos de 1999 a 2004, e pode pegar longa pena em caso de condenação. A denúncia, que foi divulgada na última quinta-feira, conta com seis processos distintos, que somariam US$ 5,55 milhões (R$ 10,6 milhões). Cada uma das ações renderia cinco anos, em um total de 35. Apenas Alan Miller, acusado em apenas três, ficaria, no máximo, 20 anos preso. ?Usar uma corporação offshore para evasão de divisas é um crime. Este caso manda uma mensagem clara de que a IRS [órgão similar à Receita Federal brasileira] está comprometida a fazer valer as leis fiscais e parar com a evasão de divisas?, disse Doug Shulman, comissário da IRS, em comunicado oficial. A Seven Promotions, empresa de Castroneves, receberia a maior parte dos salários e prêmios do jogador. A estimativa é que o piloto tenha recebido, no período investigado, cerca de US$ 6 milhões, sendo que apenas US$ 1 mi teria sido declarado. A Promotoria norte-americana ainda acusou Katiucia de forjar declarações falsas e transferir o dinheiro para uma conta na Suíça. O Ministério Público Federal, em São Paulo, e a Polícia Federal brasileira auxiliaram nas investigações.