A notícia de que as duas maiores lideranças do basquete nacional devem se enfrentar na próxima eleição da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), em outros tempos, causaria apreensão em uma entidade novata do esporte. Desta vez, porém, o anúncio de que Antonio Chakmati, presidente da Federação Paulista de Basquete (FPB), vai concorrer com Gerasime Bosikis, o Grego, não deve afetar a Liga Nacional de Basquete (LNB), que vê na disputa uma possível prova de sua independência. ?Não tenho nem dúvida de que o resultado não afetará a nossa situação. Nosso campeonato vai dar certo e ninguém vai ser louco de enfrentar essa situação. Nós ainda dependemos da CBB para que ela referende algumas coisas, garanta vagas em competições internacionais, mas essa disputa política não deve mexer com a gente?, disse Arnaldo Szipro, diretor de basquete do Flamengo. O principal motivo para essa confiança é a boa relação da LNB com os dois dirigentes. O aval de Grego no primeiro semestre para a criação da entidade foi fundamental para que os clubes de fora de São Paulo, que participaram do Nacional no início do ano, aderissem. Já Chakmati foi um dos líderes do movimento que originou, de certa forma, a nova associação. No ano passado, o presidente da FPB rompeu com Grego para se unir aos formadores da Associação de Clubes Brasileiros de Basquetebol (ACBB), que montou um campeonato próprio em 2008 e compõe metade da LNB. ?A gente vê bem essa candidatura. É hora de mudar. Mas tanto a CBB quanto o Chakmati não mudariam suas posições. A Liga é o futuro do basquete. O Brasil está um pouco atrasado nisso, mas essa é a forma mais atualizada de se trabalhar. Qualquer um que for presidente vai ter de se alinhar conosco?, disse Carlos Ferro, diretor de basquete do Paulistano e membro da diretoria da LNB.