Compromisso assumido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após o sucesso da seleção nos Jogos Pan-Americanos, a realização de um campeonato regular de futebol feminino no Brasil está ameaçada. A competição desse ano, que estava prevista para agosto, ainda depende do aval do presidente Ricardo Teixeira. A indefinição está causando problemas para o departamento de competições da entidade, que recebeu cartas de algumas federações questionando o futuro do torneio. Virgílio Elísio, responsável pelo setor, disse que a questão depende do mandatário da entidade. O grande empecilho para a realização da segunda edição da Copa do Brasil de futebol feminino é a falta de investidores. No ano passado, a CBF arcou com a maior parte dos gastos, e ainda não definiu se fará o mesmo novamente. Apesar do interesse da mídia em competições como os Jogos Olímpicos ou a Copa do Mundo da modalidade, o futebol feminino ainda não atrai, em todo o mundo, interesse da iniciativa privada. Os casos de sucesso no esporte ainda são raros. Mesmo na Europa, onde há certa tradição, os campeonatos não são regulares em todos os países. Os Estados Unidos, que dominaram as disputas durante muitos anos, voltarão a ter uma competição oficial no ano que vem depois de cinco anos de inatividade.