Depois de receber as Olimpíadas de Pequim, em agosto deste ano, um dos grandes temores dos chineses, principalmente dos economistas locais, é que o fim dos Jogos na capital chinesa cause uma recessão. Especialistas, porém, negam este perigo e afirmam que os investimentos continuarão sendo feitos. “Durante a viagem que acabei de concluir à Europa me perguntavam frequentemente se a China poderia enfrentar uma recessão pela queda nos investimentos depois dos Jogos e minha resposta sempre foi “não”, disse Justin Yifu Lin, representante da 11ª Assembléia Popular Nacional (APN), principal órgão legislativo do país. Um dos aspectos que diferencia a China dos demais países que sofreram com recessão após o fim dos Jogos é o tamanho da economia, que é muito maior do que as demais nações que enfrentaram esse tipo de problema. Segundo Lin, grandes projetos para a modernização de infra-estruturas, indústrias e o crescimento do consumo garantem a entrada de capital no país. Além disso, eventos ?pós-olímpicos?, como o Expo Mundial e o Jogos Asiáticos, já estão sendo organizados. Ainda de acordo com Lin, o fato de a China estar entre os países de desenvolvimento industrial mais rápido do mundo, ao menos, teoricamente, garante o investimento no longo prazo. Em outros casos, diz o economista, houve falta de apoio das indústrias no período após as Olimpíadas.