O patrocínio aos árbitros já levantou suspeitas sobre a possibilidade de um conflito ético com clubes. Neste ano, a juíza Ana Paula Oliveira, patrocinada pela Umbro, cometeu um erro em uma partida entre Botafogo e Figueirense, pela Copa do Brasil, beneficiando os catarinenses, que também são parceiros da fornecedora de material esportivo inglesa. Esse episódio gerou críticas por parte da diretoria do Botafogo, que insinuou um suposto favorecimento ao Figueirense por conta dessa ligação comercial. Para evitar que a história se repita, o consultor de marketing Denner Silva, responsável pelo projeto de captação de patrocínios aos árbitros das federações, diz que existe uma cláusula específica para o assunto. ?Dentro do contrato que firmamos com as empresas existe uma cláusula que diz que para patrocinar um clube de futebol, o contrato que beneficia os árbitros deve ser reincidido. Da mesma maneira, uma empresa que já patrocina um clube não pode patrocinar os árbitros?, explica Silva. A preocupação para que não haja conflitos éticos abortou a negociação com uma grande empresa, que negociava a renovação do seu contrato com um grande clube brasileiro. ?Eu disse que a imagem deles ainda estava muito ligada ao clube e, mesmo que eles não renovassem, poderia gerar algum problema caso eles patrocinassem os árbitros. Mas como eles renovaram o acordo, as negociações conosco não avançaram?, completa o consultou de marketing.