O Comitê Olímpico Brasileiro apresentou, nesta sexta-feira, o seu novo projeto de divisão das verbas da lei Agnelo-Piva para o próximo ciclo olímpico. Calcada em uma análise do desempenho das modalidades nos últimos anos, a entidade modificou a antiga ?elite?, mas também não atendeu completamente à exigência dos ?nanicos?. No novo esquema, o valor repassado às confederações varia entre R$ 700 mil e R$ 2,5 milhões, o que reduz a concentração de rendas do esporte brasileiro. Até este ano, atletismo, esportes aquáticos, basquete, vôlei, ginástica e handebol concentravam cerca de 80% do montante. Agora, receberão a cota máxima as modalidades que conquistaram medalhas de ouro, prata ou bronze mais de uma vez em Pequim, casos de atletismo, natação, vôlei, vela e judô. O único caso de confederação medalhista que não se encaixa no nível máximo de repasse é o taekwondo, que receberá um bônus pelo bronze de Natalia Falavigna e chegará a R$ 900 mil. O grande perdedor com o novo modelo foi o basquete. O tradicional esporte, que não ganha medalhas desde Sidney, em 2000, e não leva uma seleção masculina aos Jogos desde Atlanta, 1996, vai passar de R$ 2,2 milhões para R$ 1,5 milhão, de acordo com o ?UOL Esporte?. Além do basquete, remo e hipismo também sofreram decréscimos em suas rendas. Ambos caíram de R$ 1,7 milhão para R$ 1,5 milhão. Estas modalidades estão no terceiro grupo de cotistas, que ainda conta com boxe, canoagem, ciclismo, tênis, tênis de mesa, tiro e triathlon e varia entre R$ 1,6 milhão e R$ 1,2 milhão, ainda segundo o ?UOL Esporte?. A base do esporte nacional é formada por badminton, esgrima, hóquei, levantamento de peso, lutas, pentatlo moderno e tiro com arco, todas recebendo R$ 700 mil. A Lei Agnelo-Piva, sancionada em julho de 2001, determina o repasse de 2% da arrecadação bruta das loterias federais para o Comitê Olímpico Brasileiro (COP) e para o Comitê Paraolímpico Brasileiro). O primeiro fica com 85% do valor, enquanto os outros 15% vão para o COP.