Fim do impasse envolvendo a estadia dos atletas estrangeiros durante a realização do Mundial de Judô. O Comitê Olímpico Brasil (COB) assumiu a responsabilidade e vai arcar com as despesas de alimentação e hospedagem de todas as delegações que participarem do evento. O valor do investimento gira em torno de R$ 1 milhão. “Os números já nos davam a segurança de que realizaríamos a maior edição da história. Os acordos fechados, porém, nos dão total tranquilidade para cumprir todos os itens do caderno de encargos da FIJ”, afirma Mauricio Santos, diretor-executivo do comitê organizador. Além do suporte do COB, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) vai contar com um repasse extra de R$ 460 mil do Ministério do Esporte. As parcerias foram definidas na última quarta-feira, quando representantes das duas entidades passaram o dia reunidos no Rio de Janeiro. O encontro, que terminou por volta das 20h, eliminou qualquer possibilidade de a competição não ser realizada na capital fluminense, como chegou a ser cogitado no início da semana. Com toda a celeuma, houve um movimento para que a sede do Mundial fosse transferida para Belo Horizonte, cidade que já havia pleiteado a organização do evento. “A competição está garantida no Rio. Nosso objetivo agora é correr com toda a parte organizacional do evento e fazer com que tudo saia como havíamos imaginado”, destaca Santos. A polêmica teve início quando a Prefeitura do Rio anunciou que não investiria os R$ 8 milhões esperados pela CBJ, reduzindo esse valor para R$ 5 milhões. Sem parte essencial da verba, a CBJ entrou em contato com a Federação Internacional de Judô (FIJ), que detém os direitos de comercialização do campeonato, para informar que alguns itens teriam de ser revistos. Na segunda-feira, dia 27, o COB recebeu um comunicado da FIJ pedindo a participação do comitê brasileiro em apoio à realização da disputa no Rio. No mesmo dia, as duas entidades nacionais fizeram a primeira reunião para discutir as bases da competição. À Máquina do Esporte, Santos revelou que a CBJ negocia com duas empresas para o Mundial. Sem revelar nomes, o dirigente disse que as negociações devem ser concretizadas até a próxima segunda-feira. A competição já conta com os apoios de Mizuno, Toyota e Scania. Com as transmissões de Globo e Sportv, o evento terá início no próximo dia 13 de setembro. Os direitos foram vendidos pela Fuji TV, responsável pela comercialização do televisionamento, para mais de 70 países.