A Colômbia anunciou nessa quarta-feira que desistiu de sediar a Copa do Mundo de 2014. A decisão do país sul-americano deixa o Brasil como candidato único a organizar a competição. Segundo o presidente da Federação Colombiana de Futebol, Luis Bedoya, a retirada da candidatura foi decidida em comum acordo com o governo. Sem entrar em detalhes, Bedoya afirmou que a decisão “foi tomada depois de analisar um pouco a realidade nacional e internacional”. Em uma carta enviada ao secretário-geral da Fifa, Urs Linsi, o dirigente destacou que a proposta “serviu para consolidar o sentimento e a paixão do país pelo futebol”. O colombiano disse ainda que o país se une aos outros membros da Conmebol no apoio irrestrito ao projeto brasileiro e que o país deve concentrar esforços para levar algum Mundial juvenil antes de 2013. “Hoje decidimos que, apesar do conceito favorável do governo nacional, também vemos que o compromisso do Brasil não é só da América do Sul, mas de todo o mundo. Neste momento, estamos retirando nossa candidatura e ratificando nosso total apoio ao Brasil”, afirmou Bedoya. A idéia de brigar com o Brasil pela organização da Copa se tornou oficial em dezembro de 2006, quando a Colômbia enviou uma carta de intenção à Fifa. A princípio, o projeto não gerou muito entusiasmo no país e logo sofreu um duro golpe ao ser questionado pelo presidente da entidade que controla o futebol mundial, Joseph Blatter, que classificou a candidatura colombiana como uma campanha de “relações públicas”. O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, e o vice, Francisco Santos, se reuniram com o dirigente suíço no mês passado e exigiram respeito às pretensões do país. Esta é a segunda vez que os colombianos perdem a oportunidade de brigar pela organização de uma Copa do Mundo. Por questões econômicas, o país renunciou à sede do Mundial de 1986 após determinação do então presidente Belisario Betancourt. A competição foi organizada pelo México.