O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) registrou uma redução em seu superávit entre 2006 e 2007. Enquanto no ano retrasado a entidade teve um ?lucro? de R$ 4.247.350 em suas contas, esse desempenho caiu para R$ 1.385.269 no último exercício. As informações constam no balanço contábil publicado na última quarta-feira. Um dos grandes vilões para a diminuição no superávit do COB foi justamente a organização dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Enquanto a entidade investiu R$ 1.134.182 em 2006, o valor pulou para R$ 8.257.362 no ano em que foi realizado o evento. O balanço do Comitê Olímpico Brasileiro mostra ainda que o Pan deixou como herança uma dívida de aproximadamente R$ 4 milhões. Esse número é referente a um adiantamento feito pelo COB ao Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos (CO-Rio) e notas emitidas à agência de marketing Olympo. O Pan, porém, não foi apenas sinônimo de aumento de gastos. Por conta da competição, o COB viu as receitas de convênios firmados com as três esferas publicadas (federal, estadual e municipal) subirem de meros R$ 661.927 para expressivos R$ 12.586.560, entre 2006 e 2007. Ainda na esfera pública, outro salto grande registrado foi em relação à verba repassada ao COB por meio da Lei Agnelo/Piva. Os recursos totais provenientes de parte da arrecadação das loterias subiram de R$ 75.315.171, em 2006, para R$ 90.607.658, no ano passado. Em compensação, as receitas com patrocinadores registraram apenas uma leve oscilação positiva. De acordo com o balanço divulgado pelo COB, Kaiser, Sadia, Johnson&Johnson, Olympikus, Samsung, Telemar, Comitê Olímpico Internacional (COI) e Correios pagaram um total de R$ 11.082.330 no ano retrasado e R$ 12.352.117 no último exercício. Entre as despesas, surgem os gastos na preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim (R$ 1.258.776), número não contabilizado em 2006. Além disso, o projeto de candidatura do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016 custaram ao COB R$ 899.249 no ano passado, contra R$ 132.678 no exercício anterior.