No próximo sábado, o Flamengo pode ser a sede da criação da primeira liga de clubes do basquete nacional com o aval da Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB). Com um pré-estatuto a ser aprovado, dirigentes que já divergiram no passado agora podem se unir para tentar gerir o esporte no país. A expectativa é boa. No primeiro encontro do grupo, realizado há cerca de três semanas no Pinheiros, uma comissão ficou com a responsabilidade de formular as regras da futura entidade. Alexandre Cunha, do Minas Tênis, Ferro, do Paulistano e Rubens Calixto, de Franca, redigiram o texto que está nas mãos dos dirigentes e agradou a gregos e troianos. ?Existe um pré-estatuto pronto que já foi passado para os clubes e vai ser julgado. Não vejo muitos problemas para a aprovação dele. Ele segue muito do que já foi feito na nossa experiência com a ACBB [Associação de Clubes Brasileiros de Basquetebol]?, disse Ferro, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte. ?A gente já recebeu, analisou, e achamos que está super bem feito. Foi um bom trabalho do pessoal. Tem de ter uma ou outra correção, mas não acredito que vá haver obstáculos para a aprovação?, disse Arnaldo Szipro, diretor de basquete do Flamengo. Os clubes citados representam os dois lados do processo que estourou no fim de 2007, quando equipes de São Paulo se irritaram com atitudes da CBB e resolveram criar uma liga própria. Flamengo e Minas ficaram, por variados motivos, do lado da entidade máxima do esporte no país, e agora se unem aos demais apoiados pelo aval da confederação. A principal justificativa para a não adesão à ACBB é a existência de motivação política nos acontecimentos. Na ocasião, Toni Chakmati, presidente da Federação Paulista de Basquetebol, comprou a briga de seus filiados contra Gerasime Bosikis, o Grego, presidente da CBB. ?Eu vejo o seguinte. Nós tentamos fazer um Nacional, mas a CBB não entendeu dessa maneira. Achou que não pudéssemos ser gestores. Alguns clubes de fora de São Paulo talvez tenham dado a conotação politica que não existe. O Chakmati está presente até hoje e apóia a aproximação?, disse Cássio Roque, presidente da ACBB e representante de Limeira. As rusgas, porém, não devem entrar em cena no próximo sábado. Dirigentes paulistas são un”nimes em comemorar o que consideram, tacitamente, um resultado da ação do fim de 2007. Para não comprometer o bem maior, porém, não aceitam o rótulo e falam em negociações de igual para igual.