O Comitê Olímpico Internacional (COI) garantiu, nesta quarta-feira, que as emissoras de televisão poderão transmitir imagens históricas da China ao vivo, por satélite, durante as Olimpíadas de Pequim 2008. “Saudamos a confirmação dada hoje pelo Bocog [Comitê Olímpico Chinês] às emissoras de que elas poderão reportar e transmitir via satélite a partir de toda a cidade”, afirmou Giselle Davis, diretora de comunicações do COI. A decisão foi tomada após uma reunião entre diretores das emissoras que detêm os direitos de transmissão e o Bocog. Entre as principais aréas em que os chineses queriam evitar as filmagens está a praça Tienanmen, local de sangrenta repressão ao movimento pró-democracia em 1989. As imagens, porém, terão algumas restrições. Os jornalistas não poderão gravar na praça 24 horas por dia, mas as limitações exatas não foram divulgadas. ?Compreendemos que pode haver frustração entre algumas emissoras pelo fato de que não poderão transmitir 24 horas por dia desde a praça Tienanmen. Reconhecemos que a demanda por este local ícone é muito grande e que, conseqüentemente, os anfitriões chineses tiveram que impor algumas restrições de horário ao acesso livre?, completou Davis. Apesar dos problemas com a liberação dos direitos com o governo chinês, o interesse da mídia pelos Jogos Olímpicos é acima da média. A prova é o quanto a emissora norte-americana NBC vai investir para fazer a cobertura do evento. Será gasto quase US$ 1,15 bilhão (R$ 1,85 bilhão), metade do total, US$ 2,3 bilhões (R$ 3,7 bilhões), que as redes de televisão no mundo inteiro irão gastar para transmitirem o evento. Com isso, a emissora, que terá 12 plataformas diferentes para transmissão dos Jogos, possuirá uma programação de 212 horas por dia durante os Jogos. Serão 3,6 mil horas de cobertura televisiva, superando as 2,56 mil horas que rede norte-americana cobriu entre as Olimpíadas de Roma, em 1964, e a de Atenas, em 2004.