A gestão do presidente Alberto Dualib sofreu um forte abalo na noite da última quinta-feira, quando as contas do Corinthians, referentes ao ano de 2006, foram reprovadas pelo Conselho Deliberativo do clube. Os 171 votos contra a aprovação das contas sentenciaram a maior derrota do dirigente desde ele que assumiu o comando do clube, há 14 anos. Depois do resultado, a oposição já articula um processo de impeachment para tirar Dualib da presidência. O principal agente da discórdia foi o aumento da dívida do Corinthians, que passou de R$ 5 milhões em 2004 para R$ 84 milhões no ano passado, segundo o “Lancepress”. Em maio, o clube havia declarado uma dívida de R$ 24,3 milhões no balanço financeiro de 2006. Na época, a oposição já havia rejeitado o valor, afirmando que seria impossível que a soma total fosse tão próxima dos R$ 22 milhões referentes apenas ao caso Nilmar. O Conselho de Orientação Fiscal (Cori), presidido pelo ex-vice-presidente Antônio Roque Citadini, irá se reunir novamente no próximo dia 24 de julho. A pauta será a saída de Dualib e o fim da parceria com o grupo investidor MSI. Recentemente, o presidente esteve na Europa para resolver as pendências com o fundo de investimentos, mas nenhuma mudança nos termos do acordo foram confirmadas. Segundo a ata da reunião, que aconteceu em Londres, o MSI continua responsável pelas finanças do futebol corintiano. O documento foi assinado por Dualib, representando o Corinthians, e por Nojan Bedroud, representante legal do MSI.