A organização da Copa do Mundo de futsal, em 2008, no Brasil, custará entre R$ 60 milhões e R$ 80 milhões. Esse é o investimento calculado pelo Comitê Organizador do evento, que mostra otimismo com relação ao retorno que a competição pode trazer, ainda mais considerando o número de praticantes brasileiros do esporte calculado pela Confederação Brasileira de Futsal (CBFS): 10,5 milhões. ?O investimento será esse para o projeto inteiro, que prevê outras ações em 2008. Mas o benefício será maior que o custo?, afirmou o presidente do comitê organizador, Hideraldo Martins. Agora, a preocupação da organização da Copa é com a aprovação das três cidades-sede pré-selecionadas para receber o campeonato. O Rio de Janeiro foi vistoriado no último dia 8. A partir de segunda-feira, será a vez de Jaraguá do Sul (SC) e Brasília. As principais exigências da Fifa são parecidas com as da Copa do Mundo de futebol, como rede hoteleira, transporte e segurança, além da qualidade dos ginásios. ?Há sempre a chance de não ser aprovado. Se não cumprir o que a Fifa pediu, ela não perdoa. Mas as obras estão bem adiantadas. A única coisa que posso adiantar é que os inspetores gostaram muito da Arena Multiuso no Rio de Janeiro?, revelou Hideraldo, destacando que o local deve ser a sede da final do Mundial. O relatório das inspeções deve ser divulgado no dia 4 de dezembro, data em que também será definido o formato da competição. A partir desta edição do certame, que acontecerá de 1º a 19 de outubro de 2008, 20 países disputarão o título, quatro a mais que na anterior. A preocupação também é com o futuro. A Copa do Mundo de futsal é vista como uma oportunidade de mostrar a capacidade do país de organizar um evento da Fifa. ?Para o Brasil, é uma forma de mostrar que está capacitado para organizar uma Copa, neste caso, de futsal. A ligação é grande, porque é a mesma Fifa. Acredito que a interferência possa ser positiva. Todos eventos realizados no Brasil, ao contrário do que imaginavam, tiveram sucesso?, declarou Ricardo Teixeira, presidente do Comitê de Futsal e Beach Soccer da Fifa e presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). ?A responsabilidade é maior depois que a Fifa deu a Copa de 2014 para o Brasil. Não digo que vamos aplainar estradas para 2014, mas vamos nos esforçar para que o futebol não sofra qualquer efeito na Copa?, completou Aécio de Vasconcelos, presidente da CBFS.