Agora é oficial. A parceria entre Corinthians e MSI chegou ao fim. O término da relação foi decretado na última terça-feira, em reunião do Conselho Deliberativo do clube. A decisão, un”nime, contou até mesmo com o voto do presidente Alberto Dualib, o principal responsável pelo acordo firmado com o fundo de investimentos, em 2004. Dos 400 conselheiros do clube, 241 estiveram presentes à votação e todos optaram pelo rompimento. Efetivamente, a parceria, cujo final estava previsto em contrato para 2014, não atua desde junho do ano passado, quando Kia Joorabchian foi para a Inglaterra. O empresário iraniano, por sua vez, já avisou que não vai aceitar a atitude passivamente. Mesmo com o pedido de prisão preventiva expedido depois das denúncias do Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, Kia promete ir à Justiça para que a decisão seja revista. Aclamado como ídolo da torcida após as contratações dos argentinos Carlitos Tevez e Javier Mascherano, o milionário irá cobrar os US$ 25 milhões por quebra unilateral do contrato e mais o valor investido nos reforços. Com isso, a dívida do Corinthians, atualmente superior aos R$ 70 milhões, deve crescer ainda mais. Para piorar a questão financeira, o clube ainda terá de lidar com o bloqueio do dinheiro vindo do russo Boris Berezovski, determinado na última semana. Na ocasião, o juiz Fausto Martin Sanctis, da 6ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, recebeu a denúncia do MPF contra oito pessoas envolvidas na relação entre o MSI e o clube paulista. O órgão federal denunciou o presidente Alberto Dualib, o vice-presidente, Nesi Curi, o empresário Renato Duprat, o ex-diretor do MSI, Paulo Angioni e o advogado do fundo de investimento, Alexandre Verri, por lavagem de dinheiro. O juiz decretou ainda a prisão de Berezovsky, e dos iranianos Kia Joorabchian e Nojan Bedroud. A Interpol foi informada dos mandados e solicitou a prisão preventiva dos réus estrangeiros e a extradição deles para o Brasil.