A confiança no poder da sua torcida levou o Corinthians a propor um contrato de risco à Globo, baseado na média de audiência que seus jogos terão. Essa é a estratégia adotada pelo clube paulista para valorizar a sua receita com os direitos de transmissão, que sofrerão um corte de 50% após a queda para a Série B. Segundo Luís Paulo Rosenberg, vice-presidente de marketing do clube, a expectativa é que, se for aceito, o contrato possa render entre R$ 30 milhões aos cofres corintianos. ?Nós teríamos um mínimo garantido de R$ 21 milhões e o restante seria acrescido conforme a audiência dos nossos jogos. Os meus publicitários [que formam a Agência Corinthians] projetaram que podemos ter uma média de 30 pontos, o que significaria um ganho de R$ 30 milhões?, afirmou Rosenberg à Máquina do Esporte. Por esse acordo, as partidas do Corinthians seriam transmitidas aos sábados, às 16h, logo após o programa ?Caldeirão do Huck?, apresentado por Luciano Huck. Essa proposta, porém, não é confirmada pela TV Globo. Questionado sobre o assunto, Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes, afirmou desconhecer esses termos e diz que ainda está negociando com o clube paulista. ?Não temos nada nesse sentido [de um contrato baseado nos índices de audiência]. Nós ainda estamos conversando com o Corinthians, mas eu acho devemos chegar rapidamente a um acordo?, disse Campos Pinto. O acerto exclusivo com o Corinthians, no entanto, não garante à Globo a transmissão das partidas do clube. Pela legislação brasileira, o direito de arena é tanto do clube mandante quanto do visitante. Dessa forma, a exibição pela TV de um jogo só é possível quando os dois envolvidos estiverem de acordo. Outro ponto que ainda está em discussão é relativo às placas de publicidade estática. O Corinthians não abre mão de receber essa receita nos jogos em que for mandante. A FBA, gestora da Série B, aguarda a definição sobre a emissora que irá transmitir a competição para definir essa questão.