A crise no Corinthians deflagrada na última quinta-feira chegou também aos dois principais patrocinadores do clube. Por meio de suas assessorias de imprensa, Nike e Samsung afirmaram não comentar o assunto político envolvendo do parceiro, mas o futuro dos acordos é incerto. A primeira que deve deixar o Corinthians é a Samsung. A empresa, que paga US$ 6,5 milhões por ano ao clube paulista já se mostrou descontente, mesmo que de forma velada, com as incertezas políticas e não deve firmar um novo acordo. O atual contrato termina no fim deste mês. Já o relacionamento da Nike com o Corinthians, que já estava desgastado, pode ficar pior com esta crise. A empresa tem contrato até o fim de 2009 com o clube, mas o atraso na entrega dos materiais feito pela multinacional neste ano e o cenário político turbulento poderiam encurtar esta parceria. O patrocínio a um clube que tem o envolvimento de seus principais dirigentes em acusações de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, manipulação de resultados, entre outros, pode manchar a imagem de uma empresa. ?Eu acho que uma crise prejudica sim a imagem dos patrocinadores. Pelo histórico de patrocínios de diversos times, nós vemos que não só o mau desempenho em campo, mas também crises como essas podem influenciar bastante na imagem de uma empresa?, afirma Rafael Niro, diretor da agência Atena Marketing Esportivo. Segundo o especialista, uma das saídas para as patrocinadoras do Corinthians evitarem prejuízos em suas imagens e tentar tirar o foco da política e realizar ações de marketing com motes positivos. ?Tem que tentar fazer alguma campanha publicitária que coloque o foco em outra coisa, em alguma vitória ou mesmo em um jogador. As empresas precisam explorar a imagem de outra forma e bolar alternativas para que o público não fique focado na crise?, completa Niro. Porém, se a receita para as empresas é buscar uma publicidade positiva para tentar contornar a crise, o clube não acredita nesta saída. Nesta sexta-feira, por exemplo, durante as comemorações pelos 20 anos de fundação do Clube dos 13, o Corinthians foi o único dos 20 membros que não enviou nenhum representante, sendo que o seu mandatário, Alberto Dualib, é o presidente do Conselho Fiscal da entidade. Curiosamente, a única pessoa com alguma relação com o clube presente na cerimônia, que distribuiu troféus para os presidentes de todos os membros da entidade, era o assessor de imprensa da MSI. A Máquina do Esporte pôde presenciar o profissional recebendo apoio de diversos dirigentes presentes e até de Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes, que também estava na cerimônia.
Crise “cala” parceiros corintianos
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