A turbulência financeira do começo da semana pode acabar com o maior patrocínio esportivo do mundo do futebol. Cercada de insegurança pela desvalorização que teve nas bolsas de negócios do mundo inteiro e correndo risco de quebra, a empresa de seguros AIG está reavaliando seus investimentos, e pode não conseguir pagar os 20,7 milhões de euros (R$ 53,4 mi) previstos em contrato com o Manchester United. A situação da AIG, que teve suas notas de risco reduzidas pelas principais agências do mundo, pode ficar insustentável caso ela não consiga um empréstimo de US$ 40 bilhões (R$ 70,2 bi) do Fed, o banco central norte-americano. O alívio pode começar com o governo do estado de Nova York, que já admitiu ceder US$ 20 bilhões (R$ 36,4 bi), que seriam pagas por subsidiárias da AIG. O problema é que, mesmo que a seguradora consiga escapar do ápice da crise, ainda terá de rever seus investimentos, já que possui uma dívida elevada. A quebra do contrato com o Manchester United, então, pode ser uma solução. O clube nega que o acordo esteja em risco, mas admite que está mantendo contato próximo com o patrocinador. Os principais jornais ingleses especulam que a solução pode passar pelo milionário Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo segundo a revista ?Forbes?, que estaria interessado em adquirir a companhia. De acordo com o ?Daily Telegraph?, nem mesmo a queda de 60,8% do valor da AIG somente na última segunda-feira assusta o investidor. Um dos grandes motivos para tamanho desgaste foi a insegurança causada pela quebra do quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos. Com uma baixa contábil de US$ 7,8 bilhões (R$ 14,1 bi), o Lehman Brothers não aguentou os sucessivos desgastes nas bolsas e pediu concordata.