Deputado não vai recuar de instalar CPI

Mesmo diante de pressões para não dar continuidade ao projeto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a relação da MSI com o Corinthians, o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), afirmou que não recuará da decisão. ?Eu não entendo o porquê do desespero do presidente da CBF, visto que a CPI é para investigar as transações financeiras no futebol e não a ele. Por que tentar obstruir uma iniciativa soberana do Congresso Nacional, baseada em fatos públicos e notórios como o caso da parceria MSI/Corinthians??, afirmou o parlamentar. Torres diz que durante o mês de outubro, o presidente da CBF e seus aliados pressionaram governadores e congressistas para que retirassem as assinaturas do requerimento para a instalação da comissão. O argumento de Teixeira é que os investidores interessados na Copa de 2014 teriam receio de serem investigados e terem suas contas devassadas. Nesta segunda-feira em Zurique, na Suíça, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, declarou que a criação de uma CPI para investigar o futebol brasileiro pode atrapalhar as intenções do Brasil receber a Copa do Mundo de 2014. O deputado lembra que em 2001, quando a CPI para investigar o contrato da CBF/Nike era instalada, o dirigente disse que o Brasil corria risco de ser excluído da Fifa caso isso realmente acontecesse. No final das contas, foram formadas duas comissões que não afetaram o futebol brasileiro. Torres já tria todas as assinaturas de deputados necessárias para instalar a CPI, no entanto ele se comprometeu a só protocolar o pedido assim que o Brasil fosse escolhido como sede da Copa de 2014. Com isso, o pedido deve ser entregue à Mesa Diretora da C”mara dos Deputados na quarta-feira, dia 31 de outubro. Como o senador Álvaro Dias (PSBD-PR) também colheu assinatura dos seus colegas do Senado, a comissão deve ser mista, composta por deputados e senadores. Até o dia 10 de outubro, a dupla contava com 220 assinaturas na C”mara dos Deputados e 31 no Senado. Para a instalação da comissão é preciso, no mínimo, ter a adesão de 170 deputados e de 27 senadores.

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