Com mais dois mil anos de existência e comandado por uma federação internacional desde 1934, o badminton nunca conseguiu superar as barreiras culturais para se tornar popular no Brasil. Praticada principalmente entre os asiáticos, a modalidade ficou restrita à elite em solo brasileiro. Para o presidente da Federação de Badminton do Estado de São Paulo (FEBASP), Manoel Gori, o desenvolvimento do esporte no país depende de uma ação efetiva de divulgação e oportunidades nas camadas mais pobres da população. “É preciso adotar a prática do badminton e estender nossa atuação para as pessoas de baixa renda”, afirma o dirigente. Nesse sentido, o primeiro passo foi dado com a parceria fechada recentemente com a prefeitura de São Bernardo do Campo para estimular a prática da modalidade nos finais de semana entre a população carente. Aos sábados, a entidade disponibiliza material e local de jogo para que os jovens da região possam jogar badminton sem qualquer custo. O processo de “deselitização” planejado pela FEBASP também passa pela implantação do badminton como modalidade alternativa nas unidades dos Centros Educacionais Unificados (CEU”s), projeto da prefeitura de São Paulo. A FEBASP iniciou suas atividades há cinco meses, depois que a antiga federação paulista foi desfiliada pela Confederação Brasileira de Badminton (CBBa) por inatividade.