O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., alguns representantes da Federação Paulista de Futebol (FPF) e dirigentes de alguns clubes paulistas se reuniram na manhã desta terça-feira no Senado Federal. O encontro tinha como objetivo agilizar a votação do projeto de lei 5186/2005, que propõe alterações na Lei Pelé, defendendo e definindo o clube formador de jovens revelações. O presidente da casa, Garibaldi Alves, os recepcionou e se mostrou favorável aos ajustes na lei. Silva Jr. comemorou o apoio e ainda ressaltou que Pelé também está ao lado das mudanças. “É importante dizer que o próprio Edson Arantes do Nascimento, em reunião conosco, também se manifestou favorável à revisão da Lei Pelé. Nosso objetivo é proteger os clubes que formam atletas. Hoje os chamados clubes formadores são desprotegidos, o que faz com que os atletas saiam do Brasil muito cedo, e isso há de ser impedido. Porque o Brasil tem o espetáculo do futebol cada vez mais empobrecido em função da saída muito cedo dos nossos craques”, disse o ministro. Outro que ficou satisfeito com a reunião foi o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero. Segundo ele, Chinaglia entende todas as necessidades do futebol e a urgência em manter o bom nível do esporte no Brasil. “Nós temos que tratar da formação do atleta profissional e da manutenção desse atleta dentro do clube. O jogador sai sem qualquer controle do clube e o prejuízo é cada vez maior. Não há clube que agüente. Nós entendemos que tem de haver um estágio para ele ser levado. O clube tem que ter uma relação muito próxima porque ele forma o jogador. Quando o clube tem a expectativa de colocar o jogador numa equipe melhor, dentro da organização, ele é simplesmente levado para o exterior. Temos que garantir o clube formador”, afirmou Del Nero. Estavam presentes, além dos representantes da FPF, representantes dos seguintes clubes: Palmeiras, América Futebol Clube, Corinthians, Nacional, São Bento, São Bernardo, Paulista, Paulínea, União São João, Força e Bragantino.