Ecclestone quer unir F1 e MotoGP

O inglês Bernie Ecclestone pretende unir os interesses comerciais da Fórmula 1 aos do Mundial de MotoGP para dirigir o mercado motor como um monopólio universal. Segundo o jornal espanhol “ABC”, a idéia é vender os direitos comerciais em um único pacote às televisões e adequar o calendário das duas categorias para que as provas sejam realizadas em conjunto. De acordo com o diário, Carmelo Ezpeleta, proprietário da Dorna, empresa responsável pela MotoGP, já conhece os planos do colega inglês. No entanto, o projeto pode esbarrar na Associação Internacional de Equipes de Corridas, Diretores e Pilotos (IRTA), temerosa de que essa união elimine o poder que possui atualmente no mundo das duas rodas. Porém, o lado econômico poderia convencer a entidade a aceitar a idéia. Segundo o “ABC”, o negócio triplicaria, ao dominar o mercado televisivo e de patrocínio. Além disso, seguiria a tendência das montadoras, quase todas com estruturas na F1 e na MotoGP, como a Honda e a Ferrari, ou a Bridgestone, que fornece pneus para os dois Mundiais. Ecclestone quer que as empresas de F1 criem seus times também na MotoGP com o mesmo patrocinador. Unir os dois circos possibilitaria ainda trabalhar a imagem de Fernando Alonso e Valentino Rossi, os dois maiores campeões em atividade, de forma conjunta, além de promover encontros entre pilotos de uma mesma nacionalidade, como os espanhóis Alonso e Jorge Lorezo, os brasileiros Felipe Massa e Alexandre Barros, ou os ingleses Lewis Hamilton e Bradley Smith. O crescimento do interesse do público pelo motociclismo também ajudam a criar um lobby em favor de Ecclestone. Neste final de semana, em Montmeló, na Espanha, 201.970 pessoas estiveram presentes nos três dias de prova, 7.700 mil a mais do que em 2006. Apenas no domingo, dia da corrida, 112.600 espectadores prestigiaram a disputa, 5.500 a mais que na edição anterior.

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