Após a confirmação de que a Honda está fora da Fórmula 1 na próxima temporada devido à crise financeira global, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, anunciou a Cosworth como a vencedora da licitação para a fabricação de um motor de baixo custo para a Fórmula 1 a partir de 2010. A medida tem como objetivo estancar os efeitos do caos econômico na categoria, que sofre com a debandada de circuitos e, agora, vê seu grid reduzido em função da instabilidade nos mercados em todo o mundo. “O custo anual vai ser reduzido se mais (de quatro) equipes aderirem à opção”, disse o dirigente em comunicado enviado às equipes nesta sexta-feira. O anúncio da Honda confirmou uma preocupação de longa data da FIA, de que o custo do Mundial estava cada vez mais insustentável?, completou. O motor custará 2 milhões de euros às escuderias interessadas, mais um adicional de 5,5 milhões de euros por temporada. Mosley, no entanto, alertou que se pelo menos quatro equipes não confirmarem a adesão até a próxima quinta-feira, esses valores poderão ser elevados. As escuderias que não optarem por utilizar os motores da Cosworth poderão desenvolver um motor próprio, que atenda às novas especificações da F-1. A idéia de Mosley é que a empresa forneça todas as informações para as montadoras sobre o projeto do motor, e elas terão de seguir a receita. Os sistema de transmissão único, porém, será obrigatório para todos os times. A produção vai ficar a cargo da brit”nica Ricardo Transmissions. A FIA, agora, terá de trabalhar a insatisfação de equipes e pilotos com o projeto. Na última quinta-feira, o bicampeão Fernando Alonso afirmou que pensaria na aposentadoria caso o motor único fosse introduzido. A Ferrari também já havia dito que repensaria sua continuidade na categoria se a padronização dos motores vingasse.