Mesmo sem sair do papel, a construção do novo estádio do Grêmio enfrenta grandes problemas nos bastidores. O complicado jogo político que se transformou o processo para erguer a arena tem como principais nomes os do atual presidente gremista, Paulo Odone, do ex-governador do Rio Grande do Sul Antonio Britto e ainda do ex-mandatário do clube Fábio Koff. O problema surgiu quando Odone decidiu que iria deixar a presidência do clube gaúcho para assumir a Grêmio Empreendimentos (GE), empresa que será criada para, inicialmente, gerir a construção da nova arena gremista. Para o seu lugar, o atual mandatário indicou Antonio Britto. A discussão ganhou mais força quando conselheiros oposicionistas criticaram a escolha de Britto e já ameaçam lançar uma chapa concorrente, hipótese descartada pelo ex-governador para que ele assuma o Grêmio no lugar de Odone. Para esquentar mais a discussão, rádios gaúchas promoveram enquetes com torcedores gremistas que apontavam uma grande rejeição ao nome do político. Diante desse cenário, Fábio Koff, que atualmente comanda o Clube dos 13, desistiu de participar do projeto da GE. O dirigente havia sido convidado para compor o Conselho de Administração da empresa. ?Perguntaram se eu queria participar. Se fosse um cargo honorífico, em que eu não precisasse destinar muito tempo, eu aceitaria. Mas a partir dessa rejeição manifestada ao nome do governador, eu me afastei do projeto da empresa. Eu tenho outras brigas para fazer e para me preocupar. Se é para gerar conflito no Grêmio eu estou fora?, afirmou Koff à Máquina do Esporte. Além do presidente do C13, a idéia dos gremistas era que o Conselho de Administração da empresa contasse ainda com Paulo Odone, Eduardo Antonini (atual diretor de planejamento do clube) e com os empresários Sérgio Saraiva e Alexandre Grandene. Porém, sem a presença do ex-presidente e possivelmente sem contar com Odone até o fim do ano, quando acontecerá uma nova eleição para o Conselho Deliberativo, a situação da GE segue indefinida. Uma das soluções seria a indicação de Antonio Britto para o cargo de presidente da Grêmio Empreendimentos. Porém, por conta da rejeição que o ex-governador possui entre os conselheiros, essa manobra também seria difícil, já que o Conselho Deliberativo do clube precisava aprovar as escolhas.