Depois de dois meses de negociação, o Santos finalmente acertou um novo contrato de patrocínio. A Semp Toshiba será a empresa que irá estampar a sua marca no uniforme do clube no lugar da Panasonic, que não renovou seu acordo no fim da última temporada. O tempo de contrato e os valores não foram divulgados, mas a Máquina do Esporte apurou que o acordo será apenas até o fim desta temporada, com possibilidade de renovação por mais uma.
Para isso, a Semp Toshiba deve ter pagado algo entre R$ 8 milhões e R$ 12 milhões, faixa de preço trabalhada pela diretoria santista. A assinatura do contrato acontecerá neste sábado, durante a festa de um ano da subsede do clube santista em São Paulo.
A cerimônia contará com a presença de representantes da Semp Toshiba, além de o presidente Marcelo Teixeira. “Estamos honrados em patrocinar uma equipe do porte do Santos FC. Já patrocinávamos esportes náuticos e de aventura. Estamos inovando ao entrar na esfera do futebol, mas, unidos a um time de ponta, já temos um início promissor”, disse Oswaldo Rubens Ubrig, gerente geral de propaganda e marketing da Semp Toshiba.
Apesar de o acordo ainda não estar oficializado, a nova camisa, com a marca da Semp Toshiba, foi apresentada na última quinta-feira, após a vitória por 1 a 0 sobre o Defensor Sporting, pela Copa Libertadores. O jogador Zé Roberto, principal nome do elenco santista, foi o escolhido para mostrar o uniforme à imprensa. “
A Semp Toshiba será uma importante aliada. Certamente, essa associação já é sinônimo de sucesso e conquistas. Nada melhor para celebrar essa parceria do que um jogador referência como Zé Roberto ser o primeiro a vestir a nova camisa”, afirmou Teixeira, na última quinta-feira.
O acerto com um novo patrocinador deve significar também uma melhora na situação financeira do clube. Sem essa receita, o clube realizou cortes em sua área administrativa no início do ano, oferecendo redução de salários a seus prestadores de serviços, fato este que resultou na perda de pelo menos dois profissionais que ocupavam altos cargos no clube. Mesmo com essas dificuldades, o presidente santista afirmava que o Santos não poderia aceitar qualquer oferta.
O piso para o clube era de R$ 8 milhões, o que resultou na negativa de acordos com Honda, Gradiente, entre outras empresas. “O Santos não pode nunca recuar para negociar com valores que não sejam compatíveis aos níveis alcançados pelo clube. Não é porque perdemos dois patrocinadores que iríamos aceitar o primeiro que aparecesse. Mas essa espera requer sacrifícios”, explicou o mandatário santista na última segunda-feira, durante reunião do Conselho Deliberativo.