O que já era esperado aconteceu na última quinta-feira. As principais entidades que controlam o golfe no mundo decidiram implantar exames antidoping para os profissionais do esporte. A questão já era muito discutida havia anos e encontrava resistência, uma vez que por ser considerado um esporte jogado por ?cavalheiros?, os próprios praticantes atuavam como fiscais de si próprios durante as partidas. O PGA era uma das entidades contrárias ao antidoping, porém o órgão encontrou resistência no seu principal jogador, após Tiger Woods se manifestar favoravelmente ao controle de subst”ncias que possam influenciar no desempenho dos profissionais. A discussão sobre o programa antidoping do golfe contou com a participação e colaboração entidades tradicionais como Augusta National, European Tour, LPGA, PGA of America, PGA Tour, R&A (para o The Open Championship) e USGA (para o US Open, US Women”s Open e US Senior Open). Todas essas estão propensas a adotar a política antidoping. Outras entidades como Asian Tour, Australasian Tour, Canadian Tour, Japan Professional Golf Tour, Sunshine Tour e Tour de Las Américas também se mostraram dispostas a iniciar o debate acerca do tema. A primeira fase da política antidoping do golfe profissional acaba de ser completada. Trata-se do desenvolvimento da lista das subst”ncias proibidas, que inclui anabolizantes, hormônios, estimulantes, narcóticos, canabinóides e beta-bloqueadores. A lista pode ser modificada por cada uma das entidades e será incorporada aos regulamentos das competições a partir do próximo ano. Agora, a segunda fase do projeto é que está sendo desenvolvida. Ela prevê os par”metros para o programa antidoping. Até o final de 2007, as entidades irão determinar como os testes serão feitos e quais serão as penalidades aos atletas que forem flagrados. Na próxima temporada, será criado um Departamento Antidoping na World Golf Foundation. O setor será responsável por coordenar o programa e por trocar informações com cada entidade signatária da política.