Com um mercado que movimenta quase US$ 15 bilhões (R$ 30 bilhões) em patrocínios, os Estados Unidos focam a maior parte dessas ações no esporte. Segundo levantamento realizado pela IEG, especializada em consultoria nessa área, 66% das empresas optam por investir em atividades esportivas na América do Norte. Com isso, são investidos quase US$ 10 bilhões (R$ 20 bilhões) com patrocínios em diversas modalidades, como automobilismo, basquete, futebol americano, golfe, entre outros. Entretenimento (11%), ações sociais (10%) e cultura (5%) são os outros destinos preferidos para os aportes financeiros das empresas. Mesmo com esse aparente domínio, o vice-presidente da IEG, Jim Andrews, afirma que os patrocínios ao esporte nos Estados Unidos estão em queda. ?O fato de a porcentagem dos patrocínios esportivos estar em dois terços representa uma mudança significante se compararmos com uma década atrás, quando para cada dez dólares investidos em patrocínio, oito iam para propriedades esportivas?, afirmou Andrews, durante sua apresentação na quinta edição do seminário ?Com:Atitude?. Dentre as empresas que investem em patrocínios, as de bebidas não-alcoólicas lideram, com 36%. Bancos (31%), automóveis (30%), cerveja (22%) e telecomunicações (22%) também aparecem com destaque no levantamento realizado pela IEG. Dentro desses números, o vice-presidente da empresa norte-americana diz que Coca-Cola e Pepsi são as maiores investidoras. Porém, no esporte, essas marcas tiveram que incrementar suas ações para colher os resultados dessas ações. ?A Coca-Cola foi, por muito tempo, patrocinadora de uma das etapas da Nascar. Por isso, a empresa realizou uma pesquisa após o evento e constatou que 40% das pessoas presentes ao autódromo não sabiam da ligação da Coca-Cola com a corrida, mesmo expostas por quatro horas a um logo gigante no meio do circuito. Isso fez com que a empresa percebesse que não bastava estar lá, era preciso também desempenhar ações para ativar o patrocínio. Essas medidas foram tomadas e os resultados melhoraram?, explica Andrews. Porém, se os patrocinadores nos Estados Unidos preferem o esporte como plataforma para expor seus produtos, o mesmo não acontece no Brasil. Segundo dados coletados pela agência ?Significa?, e apresentados também no “Com:Atitude”, apenas 49% das marcas optam por atividades esportivas. Apesar de quase metade das empresas apostar no esporte no país, esses números estão muitos distantes das outras preferências. Ações sociais (95%), cultura (76%) e meio ambiente (74%) aparecem à frente do esporte.