Acostumada a lidar com o assédio aos ?galácticos? do Real Madrid, a Espanha se prepara para uma nova febre midiática no futebol. A bola da vez é o arqui-rival Barcelona, dono das contratações mais comentadas no país até o momento. Depois de uma temporada apagada, o time da Catalunha investiu 24 milhões de euros (R$ 67 milhões) para tirar o francês Thierry Henry do Arsenal. Além disso, pagou 20,5 milhões de euros (R$ 57,4 milhões) pelo argentino Gabriel Milito. Somando os demais reforços, o clube desembolsou 71,5 milhões de euros (R$ 200 milhões). O elenco catalão já contava com nomes como Ronaldinho Gaúcho, Samuel Eto?o e Lionel Messi, O poderoso grupo ofensivo já ganhou, inclusive, apelido da imprensa local: ?fantásticos?. A popularidade do novo Barcelona pôde ser medida durante a excursão pela Ásia, onde o time se preparou para o início da próxima temporada. A audiência dos jogos da equipe na China, no Japão e em Hong Kong, superou os 100 milhões de torcedores. O objetivo de expandir a marca ?Más que um club?, que caracteriza o conceito administrativo do dos novos “fantásticos”, foi alcançado. Os jogadores participaram de diversos atos beneficentes e contribuíram para desenvolver o compromisso social do clube, reforçado com a parceria firmada no ano passado com a Unicef. No aspecto mercadológico, o êxito foi ainda maior. O Barcelona faturou seis milhões de euros para apresentar seus reforços no continente asiático. Para Ferran Soriano, vice-presidente do time, os ganhos podem ser multiplicados pelo número de pessoas que, direta ou indiretamente, acompanharam a estadia da equipe nesses países. Em entrevista ao jornal ?El Pais?, o dirigente enfatizou a import”ncia da abertura desse mercado e classificou os benefícios como ?definitivos?. O próximo passo será um bom desempenho dos ?fantásticos? nos campeonatos mais importantes do ano: Espanhol e Liga dos Campeões da Uefa. Ainda de acordo com o dirigente espanhol, um título deve render ? em termos de marketing ? ainda mais para o clube. A expectativa é que uma conquista possa consolidar a era iniciada com a contratação de Henry como uma fase vitoriosa dentro e fora das quatro linhas, ao contrário do que aconteceu com o time de Madri há algumas temporadas.