Os bons resultados da Copa do Mundo da Alemanha e a administração equilibrada de Joseph Blatter fizeram a Fifa sair do vermelho. Na última quinta-feira, o vice-presidente da entidade, Julio Grondona, e o secretário-geral, Urs Linsi, anunciaram um patrimônio de 452 milhões de euros (cerca de R$ 1,2 bilhões). Apenas na temporada passada, a organização lucrou 185 milhões de euros (R$ 472 milhões), soma recorde para apenas um ano. Quatro anos atrás, os dados apresentados mostravam um déficit de 9,1 milhões de euros (R$ 23,2 milhões) no patrimônio da Fifa. O balanço negativo sugeria lucro de menos de 300 milhões de euros (R$ 800 milhões) nesse periodo, mas o valor previsto pelos analistas foi superado. O volume de negócios entre 2003 e 2006 colocou o faturamento da Fifa entre as grandes multinacionais. A entidade máxima do futebol mundial faturou 3,2 bilhões de euros (R$ 8,1 bilhões) em três anos. Para o próximo triênio, a expectativa é de que o patrimônio da organização supere os 630 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão), segundo a previsão feita por Linsi. “Já nos asseguramos que as finanças tenham uma boa base neste período”, disse o dirigente. Reeleito na última quinta-feira para mais quatro anos à frente da entidade, Joseph Blatter creditou a boa fase aos contratos de marketing fechados recentemente, ao Mundial e à boa gestão financeira. O suíço disse ainda que não pretende mudar a política econômica da Fifa no próximo mandato. “Temos que estar preparados para algumas eventualidades”, afirmou Blatter antes do Congresso. O organismo quer acumular uma reserva suficiente para poder suportar, inclusive, a suspensão de um Mundial em caso de necessidade.