Prática muito comum às vésperas de qualquer grande competição esportiva, o marketing de emboscada não vai conseguir chegar perto da Copa do Mundo de 2010. Nesta semana, os organizadores da competição e a Prefeitura de Johanesburgo anunciaram que pretendem proibir a veiculação de qualquer anúncio relacionado ao evento, que não seja de patrocinadores oficiais do mesmo, em áreas próximas aos estádios sul-africanos. A determinação, por enquanto, não passa de uma idéia. Para virar uma norma, terá de ser aprovada pelos cidadãos de Johanesburgo, que terão de tomar uma decisão a respeito até o fim do mês. O projeto prevê multas em dinheiro para as empresas que utilizarem a Copa do Mundo para publicidade em um raio de 1km dos estádios, e 100m dos Fifa Fan Parks, reuniões de torcida organizadas pela entidade. Além disso, ficariam proibidas peças não autorizadas em aeroportos, estradas e estações de trem. Não há um meio, no entanto, de evitar que o marketing de emboscada seja feito em outras partes do mundo. Perto de competições como a Copa do Mundo, é comum que empresas de todos os tipos façam ações promocionais com alusão aos eventos. Com os Jogos Olímpicos de Pequim em andamento, por exemplo, é possível identificar atitudes do tipo. O maior exemplo talvez seja o banco Bradesco, que não patrocina o evento, mas faz alusão a ele em seus comerciais, sempre o tratando como a ?maior competição esportiva do mundo?.