A relação estremecida entre Flamengo e a agência de marketing esportivo IMG está se revigorando, mas sem a mesma força do início do ano. A informação, publicada pelo jornal ?Folha de S. Paulo? nesta quinta-feira, foi confirmada pela direção do clube rubro-negro, que voltou a conversar com a empresa sobre a concessão conjunta do Maracanã, mas, agora, sem exclusividade. ?Eles chegaram a voltar atrás em algumas coisas importantes por causa da crise econômica, mas agora houve uma reunião e eles mudaram novamente. Vamos conversar novamente, mas agora estamos abertos a novas empresas?, disse Ricardo Hinrichsen, vice-presidente de marketing do Flamengo e um dos responsáveis pelo acordo, assinado no início de 2008 e que também envolve a Confederação Brasileira de Futebol e o Fluminense. A idéia é dividir a privatização do Maracanã entre as três entidades, que teriam o compromisso de utilizá-lo para seus jogos, enquanto a IMG cuidaria da administração da praça esportiva. No protocolo de intenções conjunto, a empresa também se comprometeu em aportar quantias para cada uma das partes, e teria decidido retrair os investimentos em meados de outubro em virtude da crise financeira mundial. Nesse cenário, o Flamengo utilizou uma das cláusulas do documento e saiu da negociação, que passou a ter fim incerto contando apenas com a CBF e o Fluminense como catalisadores de público. A mudança no planejamento, no entanto, permite que o clube da Gávea abra espaço para outras agências, já que não possui mais vínculo com a IMG. ?O protocolo previa que qualquer uma das partes podia deixar o compromisso, precisando apenas de um aviso prévio. Nós fomos sondados [por outros possíveis interessados], mas nada oficial. Só agora que essa notícia ganhou força é que devemos ouvir mais gente?, concluiu Hinrichsen. O resultado da situação é a volta à estaca zero. Sem um compromisso firmado, o consórcio precisa costurar novamente seus laços para voltar a pleitear a concessão do Maracanã, e o Flamengo não sabe dizer como fica a situação da parceria caso ele deixe o projeto. Fluminense e CBF foram procurados pela reportagem, sem sucesso, para comentar o caso.