A Petrobras será a primeira fornecedora de biocombustível da Fórmula 1, conforme anunciaram o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no último domingo. A partir da próxima temporada, os combustíveis usados nos carros da categoria deverão ter 5,75% do material de origem renovável adicionado à gasolina, seguindo as determinações da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). “É importante para o meio-ambiente investir em combustíveis menos poluentes, a tecnologia do biocombustível vai ser implantada na Fórmula 1 a partir do ano que vem”, disse a ministra durante evento realizado no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Em ato simbólico, a representante do Governo abasteceu um carro de F1 da equipe Williams, patrocinada pela Petrobras, com o biocombustível. “Como disse um técnico da Petrobras, a Fórmula 1 costuma estar na vanguarda das melhorias e modificações no que se refere a combustíveis, que os avanços saem dessas competições para os nossos carros. Mas agora, a inovação está saindo dos carros para a Fórmula 1”, afirmou Dilma Rousseff. A preocupação com meio-ambiente é um dos temas recorrentes das entrevistas concedidas pelo presidente da FIA, Max Mosley, principal defensor das alterações programadas para a categoria a partir de 2008. “O esporte tem que repensar e mudar se quiser sobreviver. A F1 não acontece em outro planeta, temos de nos adaptar à realidade e não ignorar a mudança climática. O novo programa da FIA levará a categoria a uma nova era. É uma questão de vida ou morte”, disse o dirigente em recente entrevista à página oficial da F1.