Um ano após o esc”ndalo que assolou o futebol italiano, outro jogo do campeonato nacional está sob suspeita de corrupção. Novamente, a Juventus é a protagonista. O empate sem gols entre a equipe de Turim e o Milan, em 2004, é o principal alvo das investigações no momento. Outros 14 jogos estão sendo investigados formalmente pela Procuradoria de Nápoles, assim como 48 pessoas suspeitas de participar do novo esc”ndalo. O anúncio provocou uma reunião de emergência nesta sexta-feira entre o atual presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Giancarlo Abete, e o titular da Associação Italiana de Árbitros (AIA), Cesare Gussoni, que poderia ordenar a suspensão dos juízes que supostamente participaram da fraude. A notícia obrigará também o procurador da FIGC, o ex-juiz Francesco Saverio Borrelli, a abrir uma nova e própria investigação que poderia levar a novas sanções não apenas para dirigentes, como também para os clubes envolvidos. Na Itália, afirmam que o resultado das investigações pode superar o caos que culminou com o rebaixamento da Juventus à Série B, além de sanções ao Milan, Fiorentina, Lazio e Reggina. Os ex-dirigentes da Juventus, Antonio Giraudo e Luciano Moggi, afastados do clube, fazem parte da lista atual de investigados. Mariano Fabiani, ex-diretor do Messina, e Paolo Bertini, árbitro do polêmico 0 a 0, também são acusados de fraude. O resultado da partida fez com que o time dos campeões mundiais Fabio Cannavaro e Gianluigi Buffon mantivesse os quatro pontos de vantagem para o Milan. A juventus viria a conquistar o titulo, posteriormente revogado pela FIGC.