A temporada de estréia de Lewis Hamilton na Fórmula 1 tinha tudo para transformá-lo em coadjuvante do atual bicampeão mundial Fernando Alonso. Após quatro corridas, no entanto, a história do primeiro negro a ingressar na categoria mais rica e elitista do automobilismo começa a seguir outro rumo. Aos 22 anos, Hamilton tem sido apontado como o responsável direto pelo crescimento da audiência da F1 na Inglaterra. Desde que o piloto fez sua primeira prova, a ITV, detentora dos direitos de transmissão das corridas no país, teve um acréscimo considerável nos números. A etapa disputada no Bahrein, por exemplo, teve 8% a mais de telespectadores em relação ao ano passado, enquanto a corrida da Malásia foi vista por 27% a mais de pessoas do que em 2006. Os números da etapa realizada no último domingo, em Barcelona, ainda não foram divulgados. Além disso, o atual líder do campeonato é o alvo favorito de empresas do ramo de bebidas esportivas, relógios e roupas masculinas para atuar como garoto-propaganda. De acordo com a imprensa brit”nica, Hamilton pode faturar até 10 milhões de libras (R$ 39,8 milhões) com sua imagem até o final do ano. Na Inglaterra, existe uma corrente favorável ao surgimento do “Efeito Hamilton”, assim como aconteceu com a “Alonsomania” na Espanha. Para os especialistas, o bom desempenho do jovem piloto nas primeiras corridas pode representar o renascimento da modalidade no país, que antes apostava em Jenson Button, da Honda, para levar os ingleses novamente ao topo da F1. A contestada contratação de Hamilton tem se mostrado uma aposta segura da McLaren. O piloto, comparado por seus traços físicos com o golfista norte-americano Tiger Woods, era um sonho de Ron Dennis desde 1999, quando ganhou o tricampeonato local de kart. Desde então, passou a fazer parte do programa de jovens pilotos financiado pela McLaren e dirigido pelo próprio Ron Dennis, de onde saiu para acumular recordes na F1. Além do pioneirismo da raça, Hamilton também se tornou o mais jovem líder da história da categoria e pode terminar o ano como um dos ícones do esporte em seu país.
Hamilton impulsiona F1 na Inglaterra
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