Entre os projetos inscritos e aprovados na Lei de Incentivo ao Esporte, a grande maioria visa, principalmente, ações sociais ou apoio de alguma maneira ligada a atletas. A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), porém, busca ser uma das beneficiadas com um programa amparado basicamente no marketing. Um dos projetos inscritos pela entidade prevê a captação de recursos para serem aplicados em mídia. A CBHb espera que, com mais dinheiro, possa conseguir melhores contratos de TV relacionados à modalidade, além de alavancar possíveis ações promocionais. “Nós queremos ter mecanismos para divulgar os nossos eventos. Com mais verba, poderemos ter uma negociação melhor com uma emissora de TV, ou mesmo ter um canal próprio de TV, gerando assim uma visibilidade maior”, explica Fabiano Redondo, diretor de marketing da CBHb. A entidade não divulga o aporte vislumbrado com esse projeto, mas ambiciona captar mais de R$ 5 milhões caso seus três programas sejam selecionados. Atuais parceiros da CBHb, Petrobras e Penalty são as escolhas naturais e, inclusive, já teriam se comprometido em ampliar o apoio ao handebol caso ganhassem incentivos fiscais. Os outros dois projetos, aliás, seguem a linha dos programas que já aparecem na lista atual de beneficiados. Um deles prevê a criação de uma ferramenta para capacitação de técnicos e profissionais de educação física segundo as diretrizes do handebol. “Todos falam que o handebol é o esporte mais praticado nas escolas e com mais aceitação, então queremos melhorar a qualidade da prática nesses locais. Atualmente não temos condições física ou financeira para fazer um treinamento. Para isso, teríamos esse projeto de ensino à dist”ncia, o que possibilitaria a um professor ter acesso aos conhecimentos e técnicas do esporte”, diz o executivo. De carona com esse sucesso nas escolas, o maior programa inscrito pela CBHb tem, justamente, a intenção de criar um grande campeonato colegial, que pode ser nacional, dependendo da verba disponível para a sua organização. “Só esse projeto vai consumir cerca de 50% do que estamos pleiteando junto ao Ministério do Esporte. É um programa bem ambicioso, cujo tamanho será proporcional ao investimento. Mas a nossa ambição é que agregue escolas de todo o Brasil”, completa Redondo.