A grande maioria das modalidades brasileiras reclama da falta de recursos e das dificuldades em conseguir patrocinadores. O handebol brasileiro vive uma situação oposta. A Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) goza de um grande orçamento anual e busca agora títulos internacionais para consolidar o esporte no país. No início deste ano, a entidade renovou os contratos com a Petrobras e Penalty até o fim de 2008. A estatal pagará R$ 2,8 milhões por ano, enquanto a fabricante investe um total de R$ 400 mil por temporada. Auxílios governamentais, via Lei Piva, destinam mais R$ 1,6 milhão à entidade. “Todo mundo sempre acha que o que recebe não é o ideal, mas pensamos de uma outra forma no handebol. Esse valor investido na modalidade é coerente com o momento. Por isso, nós trabalhos para dar mais retorno e, com isso, os patrocinadores ficam mais estimulados para investir no handebol”, afirma Fabiano Redondo, diretor de marketing da CBHb. Dessa forma, uma das prioridades é o trabalho realizado com as seleções masculina e feminina, que disputarão os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Com apoio das Petrobras, serão realizadas diversas competições, entre junho e julho, que servirão como treino para os dois times, além de auxiliar no processo de divulgação do esporte. “Nós realizaremos eventos preparatórios que levam o nome de Desafio Petrobras. Ainda não temos nem adversários nem sedes, mas esperamos trazer equipes européias. Ainda estamos definindo os detalhes com a Petrobras”, explica Redondo. Mesmo com toda a preocupação com a participação no Pan, o grande foco é mesmo a conquista de um título internacional. Essa seria a chave para que a modalidade ganhasse força no país. “No Pan nós devemos ficar com as duas medalhas de ouro, pois no continente já somos uma grande força. Mas o que falta é um título internacional, como do Mundial ou das Olimpíadas. Estamos trabalhando para conseguir esses resultados”, diz o diretor de marketing da CBHb.