A Nossa Liga de Basquetebol (NLB) surgiu dos esforços de quatro dos principais ídolos da modalidade do Brasil. A intenção de Oscar, Hortência, Paula e Janeth era fazer frente à política imposta pelo presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Bozikis, o Grego. Apesar da polaridade distinta dos pensamentos dos dois grupos, um representante dos atletas poderá mudar de lado. Única entre os fundadores da NLB que ainda continua em atividade, Janeth está próxima de seguir os passos de Oscar, Hortência e Paula e também se aposentar, possivelmente no fim deste ano. E, ao deixar as quadras, a atleta pensar em seguir trabalhando também nos bastidores do esporte que a consagrou. “Eu estou na WNBA há oito temporadas, sou tetracampeã, então esse ano minha intenção é estar voltando para lá, voltando para a liga e encerrando minha carreira”, afirma Janeth. “Posso ser dirigente, técnica ou assistente técnica, no que a gente puder estar junto com o basquete, com o esporte. De repente fora das quatro linhas, digamos assim, essa é a minha intenção”. Porém, diferentemente de seus “ídolos”, como Janeth se refere aos outros três líderes da NLB, a jogadora não se mostra tão partidária ao projeto que ajudou a construir no passado. “Eu torço para que a nossa modalidade cresça, e o lado que eu sempre achar que estiver bem e que quer ajudar a modalidade eu vou estar junto, seja ele a NLB ou a CBB”, dispara a atleta. Mesmo admitindo que poderia trabalhar com a CBB e, consequentemente, ao lado do presidente Grego, Janeth demonstra apreço pela NLB e avalia a atual situação da liga. “Espero que a Nossa Liga cresça a cada dia, que tenha mais incentivo, mais patrocinadores, como a gente espera também que tenha clubes, mesmo que não sejam da NLB, [pode ser] os clubes que participam do Campeonato Paulista, para que a gente possa ter mais quantidade de atletas e que, dessa quantidade, possamos tirar a qualidade”.