Contrariado desde a divulgação, no fim de setembro, de que o TCU está aprofundando os estudos sobre o uso de verbas públicas na organização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, o Ministério do Esporte voltou a criticar a divisão das funções, que teria sido mal feita. Presente a um evento sobre a Copa do Mundo de 2014 na sede da Associação Comercial de São Ppaulo, Ricardo Leyser, secretário nacional da candidatura Rio 2016, falou sobre a pressão que a pasta sofreu devido às supostas falhas de outras esferas do Governo. ?Tenho discordado de quem fala que o planejamento do Rio de Janeiro foi perfeito. Teve algumas falhas, na verdade. No geral ele foi bom, mas tivemos muitos conflitos de governança. Nem tudo foi cumprido no prazo e da forma prevista, e isso fez com que o Ministério do Esporte, que era de certa forma responsável pelo Pan, assumisse demandas do Estado e da Prefeitura do Rio de Janeiro?, disse o executivo. Com um grande evento confirmado e a possibilidade de outro na próxima década, o ministro Orlando Silva Jr. trabalha para evitar o rombo nos orçamentos. Mesmo sem a resposta do Comitê Olímpico Internacional sobre a candidatura carioca à sede dos Jogos Olímpicos de 2016, a pasta já planeja a utilização de normas mais rígidas de controle na divisão de tarefas, que também faz parte dos planos para a Copa de 2104. ?Nós estamos trabalhando um orçamento mais sofisticado do que teve o Pan-Americano. Da próxima vez, teremos de trabalhar melhor esses prazos e responsabilidades com instrumentos legais, para que nada atrapalhe. Nós ainda estamos estudando quais seriam essas medidas?, disse Ricardo Leyser. No fim de setembro, a ?Folha de S. Paulo? publicou que o Tribunal de Contas da União (TCU) havia determinado que o Ministério do Esporte teria um mês para apresentar as contas do evento de 2007. Em resposta, a pasta disse que não tinha nenhuma pendência com o órgão, e, àquela altura, já apontava a Prefeitura e o Governo do Estado como ?culpados? pelo rombo causado pelo Pan. GF