A contratação da empresa EKS (Events Knowledge Services), responsável pelo auxílio técnico ao projeto do Rio de Janeiro se candidatar à sede dos Jogos Olímpicos de 2016, colocou em divergência o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Ministério do Esporte. Segundo matéria do jornal ?Folha de S. Paulo? do último domingo, o COB contratou a EKS para auxiliar na montagem do projeto da candidatura olímpica brasileira. Inicialmente, o comitê já desembolsou R$ 3,5 milhões para contar com os serviços da consultora. O valor pago, porém, foi custeado por dinheiro do governo federal dado ao COB, por meio de um convênio firmado em dezembro passado entre entidade e União. O documento enfatizava que o valor de R$ 3,4 milhões deveria ser usado para a consultoria. De acordo com a reportagem, o Ministério do Esporte, responsável por acompanhar os trabalhos do COB relacionados a 2016, afirmou ter conhecimento da contratação da EKS e disse ter recebido também uma pesquisa com preços de três consultorias. A pasta, porém, afirmou ao jornal que, por haver dinheiro público envolvido no projeto, entende haver a necessidade de abrir uma licitação para que eventuais candidatos mostrem suas propostas. Isso, porém, não significa que seja necessária a ocorrência de um concurso entre os postulantes, enfatizou o ministério. O COB, por sua vez, alega que o know-how que a EKS tem no mercado justifica a contratação da empresa sem a realização de um processo de concorrência. Segundo a assessoria do comitê, “a empresa contratada pelo COB foi selecionada por oferecer um serviço de excelência no que diz respeito à organização de eventos de grande porte”. Nos próximos meses os gastos do COB com a candidatura olímpica vão se intensificar. Na última semana, o governo federal aprovou um repasse de R$ 80 milhões à entidade para serem investidos até outubro de 2009 no projeto olímpico do Rio de Janeiro.