O novo estatuto do Corinthians programou para o dia 14 de fevereiro a eleição presidencial do clube, com votos dos sócios. Só que uma denúncia pode até mudar essa data. Com erros na lista de filiados, existe até a possibilidade de o pleito ser adiado. Além de transferir aos sócios o poder de eleger o presidente ? anteriormente, essa decisão era tomada por conselheiros -, o novo estatuto cria algumas regras para que as pessoas estejam aptas a votar: quitação das contribuições associativas até dois meses antes do pleito e veto a anistiados, por exemplo. Essas restrições geram, segundo conselheiros, um total de 12 mil sócios remidos. O problema é que a lista apresentada para o pleito, entregue aos candidatos no dia 17 de dezembro do ano passado, continha 140 nomes irregulares, além de 1.600 sob suspeita – espera-se que as eleições tenham entre 2 mil e 3 mil votantes. A comissão eleitoral do clube, presidida por Guilherme Strenger, foi designada para cuidar desse caso. Houve uma reunião, no dia 30 de janeiro, com candidatos, assessorias e responsáveis pelas urnas eletrônicas. Nesse encontro, decidiu-se fiscalizar a lista até a primeira semana de fevereiro. Porém, o grupo ?ação corintiana?, liderado por Osmar Stabile, cogita brigar para impedir a realização das eleições. O movimento ?pró-Corinthians?, de Paulo Garcia, é menos contundente nesses apelos. ?Queremos apenas que a lista esteja limpa. Se conseguirmos resolver os problemas e aprovar um grupo de sócios adequado aos padrões que o estatuto determina, não há problema na realização da eleição?, disse Antonio Roque Citadini, candidato à vice-presidência no grupo de Paulo Garcia.