A ação que começou trazendo pilotos conhecidos para dar caronas a clientes de bares de São Paulo pode transformar-se, definitivamente, num mecanismo de prevenção de acidentes de tr”nsito. Com cessão de quilometragens de táxis no Rio de Janeiro e em São Paulo, a campanha ?Piloto da Vez?, promovida pela Diageo, fabricante de bebidas que produz a marca Johnnie Walker, já prevê expansão para outras capitais do país. O primeiro nome em pauta é Recife. Considerada uma praça importante para a companhia dentro do mercado brasileiro, a cidade pernambucana poderia ser a terceira sede da ação, que estréia no Rio de Janeiro no próximo dia 7 de outubro, com o ex-piloto Mika Hakkinen dirigindo um carro especial na Marquês de Sapucaí. ?Estamos tentando ampliar essa nossa ação por meio da nossa relação com bares que temos na cidade. Quanto maior o espaço que tivermos é melhor?, disse Eduardo Bendzius, diretor de marketing da Diageo e idealizador do movimento Piloto da Vez. Além da ampliação das áreas de atuação, a campanha também pode passar por uma releitura na próxima temporada. E o foco pode ser logo o novo mecanismo com os táxis, grande novidade de 2008. ?Nós podemos mudar essa forma de atuação também. Não sei se esse é o melhor sistema, pois podem ter coisas mais eficazes. Vamos ter mais praças e também mais idéias. O brasileiro é muito criativo. Vamos usar esse talento para buscar soluções?, disse Bendzius. Antes da mudança, porém, a Diageo pode avaliar o sucesso do atual modelo, que deve ter seu grande momento em São Paulo com Lewis Hamilton. O inglês, assim como fez ano passado, deve conceder caronas na capital paulista às vésperas do GP Brasil de Fórmula 1, que acontece no começo de novembro. Um grande ?empurrão? para o sucesso da campanha é a polêmica lei 11.705, que alterou o Código Brasileiro de Tr”nsito e determinou que o consumo de qualquer quantidade álcool não pode ser combinado com direção. Para Bendzius, o público vai levar mais a sério o perigo da mistura com a severidade da regra, que prevê multa pesada e até prisão aos infratores. ?Acho que a gente ganha mais relev”ncia. As pessoas vão nos ouvir mais. A ação só tende a ganhar. É um tema em voga?, concluiu o executivo.