Se a possibilidade de quebra da AIG foi afastada com o aporte bilionário do Federal Reserve, o banco central norte-americano, a ligação da companhia de seguros com o Manchester United agora depende do governo dos Estados Unidos, novo sócio-majoritário da empresa. A possibilidade de reavaliação dos investimentos, porém, não assusta o clube, que avisou, por meio de um comunicado oficial, estar calmo em relação ao seu principal patrocinador. ?Para nós, os negócios continuam. O Manchester United é financeiramente forte, e nós não fomos afetados pela crise de crédito em momento algum?, disse um porta-voz de Malcolm Glazer, norte-americano que é dono do clube inglês. Na última terça-feira, antes do Fed salvar a AIG com um investimento recorde de 85 bilhões de dólares (R$ 158,1 bi), a possibilidade de falência da seguradora chegou a assustar o Manchester United. Também por meio de comunicado oficial, o clube disse que estava em contato direto com os patrocinadores. Agora, o grande entrave é a avaliação do governo americano, dono de 80% das ações da companhia, sobre as prioridades da AIG. Pressionado por outras empresas norte-americanas em crise, que exigem um apoio financeiro ao menos semelhante ao que foi concedido à seguradora, o Fed deve reduzir os gastos da companhia. Nada indica, porém, que a AIG vá romper unilateralmente seu contrato milionário com o Manchester United. Assim, o maior patrocínio do futebol, que rende 20,7 milhões de euros (R$ 53,4 mi) por ano ao clube inglês, não correria riscos até o fim do contrato, que se encerra em 2010.