Atendendo a todos os clubes, sem os outros complexos esportivos e com uma área de lojas e restaurantes no entorno. É dessa maneira que o Maracanã deve ser administrado na opinião de Eduardo Paes, secretário de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, e presidente da Superintendência de Desporto do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), órgão que cuida do estádio atualmente. Paes participou do Footecon nesta quarta-feira, na palestra “Maracanã: Estudos de Viabilidade e possíveis modelos de gestão”. Nela, ele deixou bem claro que acha inviável que um clube seja o dono único do estádio e destacou que a nova administração deve envolver Flamengo, Fluminense e seleção brasileira. No início desta semana, os dois clubes e a CBF já haviam dado declarações de que estavam conversando sobre uma administração conjunta do Maracanã, coordenada pela IMG, empresa responsável pela reconstrução de Wembley. Eduardo Paes revelou ainda que várias empresas (como AEG, ISG e Luso-Arenas) já se interessaram em entrar no processo licitatório para administrar o estádio, mas ressaltou que uma empresa privada não poderá gerir o Maracanã sem uma parceria com um clube. Sobre as melhorias para o estádio, o secretário sugeriu construção de um ambiente temático de bares, lanchonetes e lojas esportivas. Essa área comercial funcionaria todos os dias, e não somente em dias de jogos. Para ele, esse é o projeto mais viável entre três que estão sendo estudados. A mudança, no entanto, acarretaria no fim do estádio Célio de Barros e o complexo Júlio Delamare no local onde estão atualmente, ao redor do Maracanã. A sugestão é de que sejam construídas novas praças destinadas ao atletismo e desportos aquáticos do outro lado da linha férrea que existe em frente ao estádio.