Há tempos a relação entre Nike e Corinthians foi estremecida, mas as duas partes, que caminham para um novo acordo, voltaram a se aproximar nas últimas semanas. Mesmo com declarações atravessadas de Andrés Sanchez, presidente corintiano, empresa e clube começam a acertar os ponteiros para a realização de novas ações. Uma delas é a criação de um modelo de uniforme mais barato, que não terá o logo da marca norte-americana. A camisa “popular” estará à disposição do público a partir do ano que vem. Esse uniforme especial custará R$ 50, enquanto a oficial R$ 159,90. O objetivo da ação é combater a pirataria com um preço mais acessível. Mesmo sem estar estampada no produto, a Nike acompanha a escolha da fabricante alternativa e todo o processo de produção, mostrando interesse em colaborar com o Corinthians. Esse é um dos argumentos utilizados pelo clube para mostrar que a parceria não anda tão mal como se imagina. Luiz Paulo Rosemberg, vice-presidente de marketing, elogia a produtividade da empresa. ?A Nike está com um padrão cada vez melhor no abastecimento, e sei que não vai faltar [camisas] nas lojas. A maior do mundo chama Nike, e tem um produto de primeira linha?, disse o dirigente. O bom trato, porém, não é sinônimo de satisfação completa. O Corinthians não esconde que gostaria de receber mais da Nike (o valor atual é R$ 5,5 milhões), mas descarta totalmente a idéia de um rompimento unilateral. ?Não acho que a Nike pague o que eu valho. Não significa que eu vá quebrar o contrato. Estamos negociando, e faz parte falar em valores, mas não há brigas nem insultos?, concluiu.