Depois de um período conturbado durante a gestão da família Mamede, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) comemora a estabilidade esportiva e administrativa da modalidade no país. Dos 14 judocas brasileiros que disputaram os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, 13 conquistaram medalhas. O único atleta que não chegou ao pódio foi Flávio Canto, que sofreu uma luxação no cotovelo durante a semifinal. O melhor desempenho do país na história da competição foi amplamente comemorado pela entidade e seus patrocinadores: Infraero, Scania e Golden Cross. A empolgação dos parceiros está respaldada no profissionalismo com que a CBJ trabalha a questão do marketing com cada representante da delegação do Brasil em campeonatos oficiais. “Nossos atletas são trabalhados para serem agentes dos nossos parceiros, para utilizarem o marketing como forma de promoção”, afirma Mauricio Santos, diretor de marketing da entidade, que revelou a negociação de contratos de patrocínio com outras duas empresas, cujos nomes ainda são mantidos em sigilo. O desenvolvimento desse trabalho conta com o apoio dos próprios judocas, que participam de oficinas para ganhar empatia com os produtos a serem divulgados e com os meios de comunicação. “Realizamos oficinas multidisciplinares para trabalhar a presença dos atletas diante das c”meras, temos um manual para a utilização dos uniformes como meio de ativação dos patrocínios e todo um trabalho de backstage. Tudo isso é feito pensando em trabalhar a questão do marketing na entidade”, conta Santos, lembrando que o projeto começou em 2002, logo após Paulo Wanderley Teixeira assumir o comando da CBJ. “Desde o princípio, nossa preocupação sempre foi formatar o judô como um produto de marketing”, destaca o executivo. No início do ano, a entidade inaugurou o Centro Técnico e Administrativo da Confederação Brasileria de Judô (CTA), um complexo de capacitação e treinamento para os profissionais da modalidade. Além de escritórios que abrigarão direção e funcionários da CBJ, o CTA está equipado com três áreas de treinamento de 450 metros quadrados, auditório para 60 pessoas e salas de trabalho que levam os nomes dos campeões olímpicos (Aurélio Miguel e Rogério Sampaio) do campeão mundial João Derly, em um total de 700 metros quadrados de área construída. Na segunda fase da obra, prevista para ser concluída em outubro, serão acrescidos mais 500 metros quadrados, englobando também alojamentos.