O Ministério do Esporte divulgou o resultado da reunião da Comissão da Lei de Incentivo ao Esporte, que na última terça-feira avaliou a situação de 55 projetos e aprovou mais 24, que agora podem colher investimentos de empresas em troca de renúncia fiscal. Dezoito projetos previamente aprovados tiveram seus prazos finais de captação estendidos, e outros três foram alterados pelos especialistas. Entre as novidades, a única captação que passa da marca de R$ 2 milhões é a do Instituto Artecidadania, que pretende arrecadar R$ 2,6 milhões para um ciclo de palestras multidisciplinares voltadas para o futebol e a Copa do Mundo de 2014. Outro destaque é o futebol feminino. A Liga Nacional de Futebol, entidade que comanda torneios regionais também entre os homens, aprovou dois projetos (para a Liga Nacional Feminina), no valor combinado de R$ 1,6 milhão, que se somam aos R$ 773 mil divididos em dois projetos anteriores, que prevêem incentivos à categoria de base a criação de uma Copa Sul-Sudeste. O segundo projeto mais caro aprovado pela Comissão foi o da Confederação Brasileira Macabi, que pede R$ 1,8 milhão para a formação de uma delegação de 440 pessoas que disputará uma competição no exterior. O texto liberado pelo Ministério do Esporte não especifica o evento, mas é possível supor que sejam as Macabíadas mundiais, que reúnem atletas judeus de mais de 50 países. Além desses, apenas outros três projetos passaram da linha de R$ 1,5 milhão. Mais uma vez, o São Paulo Futebol Clube foi beneficiado pela Lei de Incentivo ao Esporte. Depois de captar R$ 13,9 milhões com três propostas no ano passado, o clube conseguiu mais R$ 1,5 milhão para a reforma da pista de atletismo do Morumbi. Os outros dois proponentes com mais de R$ 1,5 milhão são o Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo (Cepe-USP) e a Confederação Brasileira de Esportes Radicais, que prevêem a reforma de uma pista de atletismo e a criação de um campeonato brasileiro de skate, respectivamente. Quase maioria na reunião, os projetos que pediram extensão do prazo de captação por não terem cumprido as expectativas iniciais também chamam atenção. Em alguns casos, como os da Prefeitura de Santos, que pretende reformar o ginásio municipal de esportes, e a Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), a prorrogação chegou a um ano, tempo máximo permitido pela comissão avaliadora. Já os três projetos alterados sofreram, essencialmente, reduções drásticas no valor a ser captado.